por Luciana Romagnolli
O Verão Arte Contemporânea lançou a programação da edição deste ano durante um café da manhã com a imprensa realizado hoje. O teatro está representado por seis espetáculos, sendo dois deles estreias (“Entre Nebulosas e Girassóis”, da Companhia Teatro Adulto, e “Bata-me – Popwitch”, de Diego Bagagal), e uma mostra de dramaturgia.
A dança se faz presente em ao menos nove (dez, se contada a abertura interdisciplinar) das atrações: um crescimento notável em relação ao ano passado, quando havia seis criações na área.
Vamos à programação de dança e teatro? Agende-se:
- Abertura com “Natureza Morta?“, refletindo sobre o distanciamento entre a natureza e o homem contemporâneo. Música por Sérgio Aluotto e Paulo Belo; dança por Guilherme Moraes; moda por Paola Rettore; e artes visuais pelo Grupo Oficcina Multimédia. 11/1 – sex às 19h30, no Museu Minas Gerais Vale (Pça. da Liberdade)
“Delírio & Vertigem”. Foto de Guto Muniz. |
- Delírio & Vertigem (leia críticas de Soraya Belusi e Marcos Coletta), do Oficinão Galpão Cine Horto, com texto de Jô Bilac e direção de Rita Clemente. A partir de doze textos curtos do dramaturgo Jô Bilac (vencedor do Prêmio Shell 2010), os espetáculos “Delírio & Vertigem”, de mesma concepção artística, oferecem um passeio por faces cômicas e trágicas da alma humana. 17/1 a 03/2 – qui. a dom. às 20h, no Galpão Cine Horto
- Carta de Amor ao Inimigo, do Grupo Cena 11 Cia. de Dança. O grupo catarinense tece o corpo de seu espetáculo instaurando o encontro de opostos para entender unidade. Oposição como devir e condição de disponibilidade na qual o colapso é uma evidência dos limites de negociação dos corpos, não um objetivo. 19/1 – sáb. às 21h, no Sesc Palladium
“Carta de Amor ao Inimigo”. Foto de Cristiano Prim. |
- Olho + 1331″, do Dança Multiplex, são dois duetos. “Olho: Aresta ou Fresta” traz um exercício de olhar e de percepção. “1331””, um dispositivo para pesquisa em dança, software, música e imagens. 19 e 20/1 – sáb às 21h e dom. às 19h, no Oi Futuro
- Janela de Dramaturgia, com leituras de textos de Assis Benevenuto, Byron O’Neill, Daniel Toledo, João Filho, João Valadares, Marina Viana, Raysner d’Paula, Sara Pinheiro, Vinícius Souza e Wester de Castro. Mesa redonda no dom. às 21h com Luciana Romagnolli. 19 e 20/1 – sáb. e dom. das 18h às 22h, no Teatro Espanca!
- A Arte de Varrer para Baixo do Tapete, com concepção e atuação de Cida Falabella e Mônica Ribeiro e direção de Cida Falabella. O fórum “Sobre Rupturas e Separações” quer instaurar um espaço para ver, ouvir, sentir e pensar sobre processos de rupturas afetivas, através de dois momentos que se complementam: a reflexão cênica “A arte de varrer para baixo do tapete”, que apresenta experiências de duas mulheres em cena, em diálogo com recortes da obra “Cenas de um casamento sueco” de Ingmar Bergman, seguida do debate com o público trazendo pesquisadores da literatura e psicanálise a partir da provocação “Analfabetos sentimentais e rupturas afetivas”. 22/1 – ter às 20h, no Espaço Multiuso do Sesc Palladium
- As Rosas no Jardim de Zula, direção de Cida Falabella e com a Zula Cia. de Teatro. História real de uma mulher que abandona os três filhos e vai tentar encontrar na rua um sentido para sua existência. 24 a 27/1, no Espaço Multiuso do Sesc Palladium; e 02 e 03/2, na ZAP 18 – qui. a dom. às 20h
- Nowhereland – Agora Estamos Aqui, do Coletivo Movasse, busca na obra cinematográfica de Tim Burton inspiração para uma criação coreográfica com toques de humor macabro e no limite entre real e imaginário. 25/1 – sex. às 21h, no Palácio das Artes
- This Is Not, de Guilherme Moraes, é um espetáculo multidisciplinar que propõe a discussão sobre gênero, corpo e sociedade. Participação da artista argentina Susy Shock. 25 a 27/1 – sex. e sáb. às 20h e dom. às 19h, no Espaço Cultural Ambiente
- Órbita, da Companhia Suspensa com Eid Ribeiro. O espaço é atravessado por um plano vertical de 4 metros de comprimento por 2 metros de altura. Confinadas e amarradas a cordas presas ao teto, as duas pessoas tentam. 29 e 30/1 – ter. e qua. às 21h, no Teatro Marília
- Entre Nebulosas e Girassóis, da Companhia Teatro Adulto, dá continuidade à pesquisa do grupo de atuação em espaços reduzidos. Apresenta um homem solitário que aprende a controlar seus sonhos e desiste de viver, inventando um mundo onírico onde há uma mulher que o ama. 30 e 31/1 – qua. e qui. às 21h, no Teatro João Ceschiatti – ESTREIA
- Bata-me (Popwitch), de Diego Bagagal, dá direito a final feliz à trans-bruxa brasileira que reside ilegalmente nos EUA e é espancada pelo Príncipe-Encantado Português. 30 e 31/1 – qua. e qui. às 21h, no Oi Futuro – ESTREIA
- A Noite Devora Seus Filhos, do Paisagens Poéticas, com texto de Daniel Veronese, apresenta uma mulher que conta histórias de pessoas que cruzaram seu caminho desde a infância., com a visão de que é preciso resistir à brutalidade, preservar as emoções e cultivar as palavras. 30 e 31/ e 02 e 03/2 – qua., qui., sáb. e dom às 20h, no Teatro Espanca!
- Meráki, da Companhia Fusion de Dançar Urbanas, abre as portas para outros artistas criando o coletivo Casa Urbana. 01 e 02/2 às 21h – sex. e sáb. às 21h, no Oi Futuro
“De Nós Dois. Só”. Foto de Ilana Lansky. |
- De Nós Dois. Só, da Quick Cia. de Dança, se dá no campo da improvisação em dança e joga com as circunstancialidades, numa dramaturgia da relação de Leticia Carneiro e Rodrigo Quick, que trazem afetos, desafetos, fragilidades, tensões, simbioses, permanências e solidão. 02/2 – sáb. às 21h, no Teatro Alterosa
- Desassossego em Branco, de Tuca Pinheiro pelo Projeto Singular, parte da pesquisa proposta pela bailarina Renata Mara de experiências corporais com a cegueira ou a baixa visão. Trata do sensível, invisível, inquieto. 03/2 – dom. às 20h, no Espaço Cultural Ambiente
- Família de Rua Apresenta: Tarde Especial de Danças coloca dançarinos de diferentes estilos e escolas se enfrentando em uma disputa no solo do viaduto. 03/2 – dom. a partir das 14h, no Viaduto Santa Tereza