* * * Esse texto faz parte do projeto arquipélago de fomento à crítica, com apoio da https://www.corporastreado.com/
– por ana luisa santos –
ensaio crítico com Bagunça – cortejo cênico musical Oficinão 2023
“quando a gente se esquece, o escuro lembra”
Coral
ó
ó
ó
ótimo exercício de contraste este de tentar escrever reescrever descrever inscrever a experiência carnal carnaval carburante “bagunça”, começando pelo desafio de falar contar cantar narrar rir chorar o percurso linha tropeço trajeto itinerância cortejo de sons imagens presenças ausências com ruas esquinas bares calçadas sarjetas e carros ônibus semáforos. Signos em trânsito jogando com o tempo duração história memória carochinha, carochinha, carochinha, que também é uma barata, personagem de histórias infantis de antigamente e que deriva do espanhol carocha/carrocha de cucaracha, espécie de besouro, de cuca, do latim cucus, “larva de certa mariposa”. Carocha é designação dada a vários insetos ortópteros da família dos blatídeos, de corpo achatado, geralmente de hábitos noturnos. Na história, carocha é a mitra de papel dos condenados do tribunal da Inquisição ou coruchéu. Por extensão, é também o nome da carapuça de papel que se punha na cabeça dos maus alunos, como castigo. No Brasil, popularmente no Nordeste, cunete ou carocha é também prática sexual que consiste na estimulação do ânus com a língua ou com a boca.
deriva transmutação gozo: linguagem
fui bebendo da latinha ou barrigudinha de alguém conhecida que eu encontrava porque o latão que comprei já tinha acabado com o calor o ardor o clamor o suor o ao redor ó ó ó cuidado com o carro a moto o carrinho de supermercado carregando o equipamento andando andando sentando e levantando atrás na frente em volta da cena qual cena tanta cena que mal tenho tempo de enrolar o cigarro e tragar tragar puxar e soprar a fumaça em cima do povo da cena do povo em pé na rua quando de repente alguém diz que é teatro cross-fit
a rua a situação de rua o acontecimento a intervenção urbana a performance a andança a dança o público espontâneo. A negociação com a rua a situação de rua a liberação da rua a mudança de tráfego a polícia militar o asfalto o cimento a boca do lobo e um tal de empresta o isqueiro empresta o isqueiro você tem isqueiro e o braseiro o brasileiro o brasil suado pregado de figurino de pacote Gulão com Carmen Miranda.
Carmen Miranda empurra um carrinho de supermercado mas ela não está em Hollywood
estamos na encruzilhada do Horto
o bairro teve como origem a instalação da colônia agrícola Américo Werneck no ano de 1899, com o objetivo de, em conjunto com outras colônias, abastecer a nova capital de Minas Gerais de gêneros alimentícios. Na região da antiga colônia, atualmente se localizam, além do Horto Florestal, os bairros Horto, Sagrada Família, Santa Tereza e Floresta. No início do século XX, parte da região, onde se localizava a antiga Fazenda Boa Vista, foi desapropriada pela comissão construtora de Belo Horizonte, passando a pertencer ao Governo do Estado, com o nome de Horto Florestal. Com o objetivo de impulsionar as atividades agroindustriais, o Governo do Estado transformou o Horto Florestal, no ano de 1912, em uma estação experimental de agricultura.
estamos na encruzilhada do Horto
entre agosto de 1938 e novembro de 1947, pesquisadores da Secretaria de Agricultura, da antiga Faculdade de Filosofia e da Academia Mineira de Ciências encontraram material arqueológico nessa região do Horto, que por conta disso também era conhecida como Estação Arqueológica do Horto. Artefatos líticos e cerâmicos encontrados foram então enviados ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro, pela ausência, nessa época, de um museu de História Natural em Belo Horizonte.
estamos na encruzilhada do Horto
o desenvolvimento demográfico do bairro está ligado à inauguração da estação de trem Horto Florestal, em 1925, e à criação dos galpões de manutenção da Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB), que provavelmente levaram às primeiras ocupações do terreno da EFCB pelos funcionários, dando origem à então Vila Edgard Werneck. Grande parte desses funcionários já trabalhavam na EFCB em cidades do interior, como Corinto, Sete Lagoas, Diamantina e Curvelo. Após a mudança para a capital, estabeleceram-se nos terrenos no entorno dos galpões de manutenção, sem critérios pré-estabelecidos para ocupação do solo, cercando seus lotes de forma desordenada. Isso explica a inexistência de um padrão de loteamento, sendo praticamente todo o arruamento do bairro irregular.
estamos na encruzilhada do Horto
a região permaneceu sem infraestrutura adequada até 1976, ano da aprovação da Lei de Uso e Ocupação do Solo pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Nesse ano, foi aprovado um convênio entre a Rede Ferroviária Federal S/A, e a PBH, visando a reurbanização da então vila. No início da década de 80 foi aprovado o decreto Nº 4231, com o objetivo de solucionar, os problemas relativos à urbanização e ocupação da habitação dos moradores da Vila Edgard Werneck. No decorrer dessa década, a região recebeu os serviços de água e esgoto, seguido pela pavimentação e alteração dos nomes das ruas e becos.
estamos na encruzilhada do Horto
com Carmen Miranda vestida de Gulão e diante embaixo por entre junto e acima e abaixo, com som, com muita gente atravessando a rua a faixa a falta de calçada para pedestre e o tempo do semáforo e aquela dúvida entre ver de longe as pessoas andando e ver ouvir de perto as pessoas tocando e dançando e cantando vem uma imagem de uma dezena duas dezenas de figuras, “retratos fantasmas”, embaixo do viaduto do metrô que passa e balança e treme a encruzilhada com a presença dos que passam em cima e dos que permanecem embaixo debaixo da terra debaixo do viaduto se deixando ver se oferecendo ao olhar se desafiando a serem vistos e desafiando o olhar, oferenda oferta atraída por Carmen Miranda, a precursora de Vallie Export, uma espécie de constrangimento inicial para Caetano, uma mulher, um mundo, um país, um figurino.
É no caldeirão percussivo que Carmen Miranda apronta esquenta e acende no meio do cruzamento em que as figuras “retratos fantasmas” começam a dançar a mover a compor uma algazarra antes do blues da Coelha que transpira o convite de Alice para o túnel de “bagunça” partiu bagunça partiu bagunça entre buzinas de carros e gritos de motoqueiros e gente amontoada na esquina assistindo e gente querendo atravessar sem saber como atravessar, vamos atravessar, cruising together, já dizia Gwyneth Paltron.
vamos atravessar rezando para dar tudo certo vamos atravessar com calma com cuidado vamos atravessar rezando rezando para as padroeiras as entidades os deuses e deusas do teatro e os anjos da performance para a gente conseguir atravessar junto. Rezando.
do outro lado, irmãos, nos reunimos, conseguimos, juntos e juntas chegar ao sacolão ABC onde encontramos o coro o gospel o canto das sereias, além do Fofão, da Coelha e do Homem-Aranha. Estamos rezando, coletivamente, na escada do sacolão, na esquina da Capitão Bragança com Silviano Brandão, cantando louvores, hinos e cânticos de exaltação. Formamos uma nova igreja provisória, uma outra zona autônoma temporária, estamos reunidos no templo da xepa, com o tempo da imaginação, chorando de emoção pela possibilidade de oração, chorando e louvando pelo que temos, pelo que perdemos, pelo que acabamos de encontrar, pela nutrição do sensível, pelo o que o encontro de vozes pode provocar quando cantamos canções brasileiras, canções brasileiras conhecidas, deliciosas, saborosas, divertidíssimas, misturadas.
nos mamíferos, o órgão responsável pela audição é a orelha (ouvido), que é dividida em orelha externa, orelha média e orelha interna. A entrada de sons no canal auditivo faz com que a membrana timpânica se mova. O som transmite-se ao ouvido interno pelas vibrações dos ossículos do ouvido médio, os quais estão ligados à cóclea. Células microscópicas e sensíveis convertem essas vibrações num sinal eletroquímico que é transportado pelo nervo auditivo para o cérebro, onde o som é finalmente ouvido e reconhecido.
o aparelho fonador humano é formado por parte dos nossos aparelhos digestivo e respiratório. Os órgãos do aparelho fonador são diafragma – brônquios – pulmões – traqueia – laringe – faringe – cavidade oral – cavidade nasal – língua – palato duro e mole. O ar sai dos pulmões, penetra na traqueia e chega à laringe, onde se modifica ao passar pelas chamadas pregas vocais (ou cordas vocais). Quando as pregas vocais estão aproximadas, vibram à passagem do ar, produzindo sons que são chamados de sonoros.
depois dessa benção inaugural, a peça começa de novo, várias vezes.
vamos aos procedimentos iniciais: se não pode rir não é sério. Heresia com cavalo de Tróia. Só fico imaginando as pessoas cantando baixinho dentro da barriga do equino gigante para não estragar a surpresa. “Eu sou forte, como um cavalo novo, com fogo nas patas, correndo em direção ao mar”. E essa ideia de Brian O´Brian de procurar a Juca Caixa artefato box de músicas que Maria Baderna lançou por essas bandas cheio de bandas e bambas enquanto “prefiro os nossos sambistas” no “Cinema Americano”. Oh Brian O´Brian ó ó ó o carro passando, o gari passando, varrendo, varrendo, abrindo caminho dessa lógica cartesiana das caixas, das caixas, das caixinhas, das classificações, dos gêneros, dos estilos, dos estilos líticos e cerâmicos, dos gêneros eletrônicos, do valor da descoberta, da ideia de conquista, da apropriação cultural, da pura curiosidade, da atração exótica, da erótica novidade de um museu a céu aberto, a peito aberto, na rua, com bar, com boteco aberto.
vamos aos procedimentos iniciais: a ponta compartilhada com o cavalo herege, quer dizer, a música popular brasileira, égua pocotó pocotó pocotó trotando no ritmo funk com centenas de pés na encruzilhada da Capitão Bragança com Pouso Alegre. Era para falar de música mas virou bagunça. É como se a Marcha da Maconha se juntasse com a Marcha contra a Guitarra Elétrica e a Marcha dos Cem Mil e os Cara-Pintada e a Marcha do Silêncio Zapatista depois dos coros coletivos duelando com as músicas, com os clássicos, com os hits, depois que a Maria Baderna dançou e sapateou sobre as cinzas e as areias do tempo, das décadas, das gerações X, Y, Z e o canguru perneta. “O tempo não pára”, o tempo no chão, o tempo e o atrito do chão e a gente andando sobre ele, a Terra girando, girando, capotando pelo universo criado na explosão do fogo que Carmen Miranda cuspiu abrindo, novamente, o ritual.
é bom colocar o panfleto, a faixa e a fumaça e sair do armário com a heresia: o que quer que se denomine brasileiro, brasileira, brasileire… o que quer que se queira imaginar criar investigar de brasil e olha que um ícone pop desses, da música… o que quer que se queira imaginar criar investir de brasil é pra dar pau ou dar com pau o pau brasil o fogo da cor. Entre popular e brasileira, entre música e popular, há uma rua, uma avenida, uma esplanada, um rio de cinzas, de areias, de praias, de sambaquis. Estamos nessa fresta, nessa festa, nessas margens, nesse entre desafiador, “entre amor e horror, fonte de contradições” e estamos tentando nos divertir, apesar dos “Tristes Trópicos”.
bora fazer o luto. Bora fazer o luto. “Começar de novo”. O surto da namoradinha do Brasil. Bora fazer o luto. A camisa da seleção inflada com o pum do palhaço. Bora chorar junto. Eu super aproveitei pra chorar com a “Tristeza do Jeca”. Bora fazer o luto. Não fui só eu que fui ingênua. Até parece. Não existe inocência branca.
A voz de Suzana Cruz em cena diz:
“Ligando o nome a pessoa é sempre. Sempre esse estribilho. Mesmo arranjo. Tudo sempre. É sempre esse estribilho. Mesmo arranjo tudo sempre. Como chama mesmo aquele moço de olhos azuis que apareceu na TV e mamãe chamou para eu ver?… Era gordinho na juventude, mas depois da prisão virou budista e emagreceu. Dizem que tá pro Uruguai cheio de dívida em Porto Alegre. Muito jacu, vez ou outra eu via ele almoçando sozinho num restaurante em Belo Horizonte, a vida foi dura, mas ele não sabe fazer ré menor até hoje. Tinha os olhos azuis, filho de historiador, não… Filho de militar. Era… Ficou assim, escandalosa, veias abertas de amor latino, empurrando namorada da escada ô cutuvelo que dói, sei como é, muito bonita, sempre… Quando teve em Londres viu disco voador no céu. Era uma espécie de Bob Dylan do Sertão. Não gosto muito do filme dele, quando jovem cantou com Mercedes Sosa, mas nos anos 90 apoiou Helio Garcia, quer dizer… Precisou do David Byrne desenterrar. Vai ser colonizado assim lá na América do Sul. Num é pra qualquer um aturar racismo, alcoolismo, Mané, a fome… Deus do céu! Deusa da terra… Desistiu de cantar depois daquele festival, ficou sumido… Tinha uma lenda que cortaram a mão dele como a de Vitor Jara, mas a verdade é que ninguém sabe o duro que ele deu. Gostava de pó, isso ele gostava, uma pena não gostar de ser lembrado desse jeito, né? Quebrou o violão e jogou na plateia muito antes do The Who! CiOu foi ao mesmo tempo? Perderam a cabeça e serviram num banquete, as criança gostavam mais disso que di Kiss, queria ver essas tangas e plumas hoje em dia, essa juventude tá tão reacionária. Era supositório de Pó, que era para num prejudicar a voz. Apresentou em Montreaux com aquele barbudo albino e bateu no piano! Geniosa. Gênia. Demônia. Olhos azuis, paulista, pernambucano, mineiro, baiano. Gosto mais da fase do primeiro disco, jogava futebol, esperou cinco anos para dar nome pra filha, nunca foi de muito papo mesmo, voltou para Cachoeiro do Itapemirim depois disso e escrevia enfurnado numa banheira regado a whisky… foi de Aids, dizem. Era época que ninguém falava abertamente sobre o assunto. Mas hoje o filho mais novo é evangélico. É. Foi nas águas da Guanabara, eu segui os urubus, essa coisa de arrancar cabeça de conspirador do tempo do império… Toda cidade tem uma praça com o nome dele. Hoje tem sushi bar no mesmíssimo lugar onde expuseram as cabeças deles todos, à margem do São Francisco, ao lado da Candelária, centrão. Piranhas. Tudo criança. Examinaram cabeça por cabeça pra ver se encontravam motivo, ciência racista sem lembrança…A cordilheira tá longe, tá longe, mas é tão bonito! Coisa pro cristo bater palma! Zapata ia gostar do chapéu de Virgulino. Quando assassinaram o seringueiro eu sabia que ia dar treta em Maria Antônia, sempre dá, hoje dá. Ia mesmo ser difícil ocupar aquela transamazônica pra morrer tão perto da posse… aí foi quando eu perdi o dia da eleição. É sempre. Sempre esse estribilho. Mesmo arranjo. Tudo sempre. É sempre esse estribilho. Mesmo arranjo tudo sempre. O mesmo estribilho que vem quando o ruído da panela vazia batendo na colher vem da cobertura. Ensurdece e aflige na mesma frequência do domingo a tarde com a tv ligada no 12. É no 12 né? Angélica. É o nome da música. Mas o moço… Era pra falar de música. Angélica é o nome de uma mãe. Uma mãe só. Só uma. E o que não falta nesse mapa é mãe. Muita mãe. Esse mapa sobrevive porque é mãe, muita mãe, muita mãe só”.
depois eu fiquei confusa e a desordem da ordem não altera a composição dos fatores. Vaninha Black, o rádio, Tia Ciata, Alemãozinho denunciando os poetinhas, o solo de performance inesquecível da Maria, a novela de bonecos com a revelação dos verdadeiros pais da bossa-nova, “eu quero é botar meu bloco na rua”, Johnny Alf e Alaíde Costa assumindo a guarda compartilhada, “Carcará”, a Carreta Furacão e os sopros conversando mais profundamente que muita gente que eu conheço. “A rua é maior que o mundo”.
o defunto carnavalesco do pau (do) brasil
bora relaxar um pouco. Meu sonho, meu sonho é que a voz desse ensaio crítico, dessa crítica bamba, meu sonho, meu sonho de voz híbrida para este texto groupie é um timbre entre Divine com Heleninha Roitman e Macunaíma. Bora relaxar um pouco. Bora pra Jamaica. A melhor barbearia da região. Bora fazer barba, cabelo e bigode, receber uma massagem queer da cadeira da barbeira. Vamos transar com a cadeira. A lâmina afiada da língua. O teatro pós-pornô da máquina zero carregada na bateria. A luz fosforescente ligada na tomada com a ajuda de um T benjamin.
a barbearia foi ocupada. E foi um alívio, um orgasmo múltiplo, uma lufada de ar nesse espaço com usos tão masculinos ou masculinistas. É bom amolecer a pele, abrir os poros, tornar macias as paredes, os espelhos, os lugares de espera.
depois da transa, com muito mais de 15 minutos – praticamente três horas de duração – seguimos revendo nossas crenças. A voz da fé, “andar com fé”, andar com várias figuras, o diabo, o senhor, Zé Pilintra, Pomba Gira, Maria Padilha, Malandra caminhando até o inferninho mais próximo. 171: aparelho, há anos, no território, na cidade… Lá rola uma festa, karaokê, uma pista de dança, show de calouros, estúdio de gravação de televisão, remake de “Flash Dance”, teatro de revista e bloco de carnaval. Teatro que chama, arte da performance. Bar camarim. Fofão saiu para vomitar e ficou bem depois.
vamos aos procedimentos: tão bêbada quanto eu, a essa altura, estava a lista de códigos. A lista de códigos de gênero. A lista de códigos das carteiras dos investidores da bolsa. A lista dos canais de tv por assinatura. A inversão entre apresentação, a sobreposição da apresentação, a câmera, o olho, o olho de vidro e o testemunho das mais argutas estratégias da indústria cultural, ideologia. Vamos ressuscitar os mortos para as suas revelações. Renato Russo, Marília Mendonça, Cazuza… O escândalo luxuoso das fofocas, das célebres fofocas, da saída da personagem, da libertação da personagem, a clausura da personagem, o peso narcótico do olhar do outro.
o desabafo da Prega sobre as condições de trabalho com Xana é um manifesto de múltiplas interpretações contemporâneas. A pressão do mercado, o lixo pornô da visibilidade excessiva. O frenesi da repetição do mesmo no Tik Tok. A ausência de silêncio. Estamos nas temperaturas elevadas do romantismo, o jogo sedutor da metade da laranja. Eu amo vocês. E especialmente uma compositora, no momento, nada séria…
difícil falar do fim do mundo tão necessário quanto aterrorizante sem cair no cinismo, mas com bagunça acontece. O fim de um mundo é trazido pela percussão, pela vibração, pelo movimento do corpo que tira a bunda da cadeira e vai fazer as contas com a Música Preta Brasileira. É oralitura. É corpo que escreve. É canto que abençoa a raba e o “Grelinho de Diamante”.
o defunto carnavalesco do pau (do) brasil é drag king. Vários drag kings. Vamos de drag kings. “Para quem quer se soltar” os drag kings são principalmente artistas performáticas do sexo/gênero feminino que se vestem de drag masculino e personificam os estereótipos de gênero masculinos como parte de uma rotina individual ou de grupo. Seu efeito de estranhamento e bagunça é efetivo na compreensão carnavalizada do pau (do) brasil como defunto. Glória ao rei transmutado, desnudado, um pouco preocupado com o carro estacionado.
fantasmas são anacrônicos. Aparecem onde os processos de vida e de luto estão atravessados por problemas relacionados à reparação histórico-afetiva. Fantasmas são teatrais. Utilizam de procedimentos para chamar a atenção, efeitos de luz e sombra, trilha sonora específica e figurinos repetitivos. Suas funções espectrais clamam por justiça ou reconhecimento e sua mobilidade temporal, articulando passado, presente e futuro, surpreendem os vivos, que são convidados a lidar com esse espaço limiar.
partiu Rita
assim, em suspensão, chegamos ao bar da Rita e seu estado de gravidade relativa. A Aranha sem gênero é viajante entre mundos distantes e próximos, ampliando o alcance de sua teia. A nave astronauta flutua tanto quanto nós do outro lado da rua na BPM lenta de Jorge Ben Jor. A nave da Xana nem se compara. A Rita de peruca rosa. O brinde. Não acabou.
por horas, dias… segui em suspensão como na semana de carnaval em que o tempo acontece diferentemente. Tentando voltar para casa, depois de horas, sentindo a duração na pele, a onda na língua e o sorriso no fígado que, mesmo exigido, caminhava leve, fiquei depois repassando os momentos, mesmo agora escrevendo, vivendo esse desfile de escola de samba, encantada com seu enredo, com seu samba-enredo, seus passistas, incontáveis alas e veículos alegóricos nada lineares. O canto na boca do povo, “o canto da noite na boca do vento”, a dança, a batida da bateria e a “coreografia do impossível”.
vamos aos procedimentos: como não compor com o teatro do opressor? Essa é uma pergunta muito ampla, muito além ou aquém deste ensaio ou do que a gente é capaz de ensaiar cotidianamente. Mas a bagunça traz algumas pistas. Olhar para o lado. Negociar com a rua. Criar um espaço implicativo. “Lembra que o sonho é sagrado”. Sapatão não tem unhas, as garras são diferentes. “Vapor barato”. “Ou você acha que nesse mundo não tem mais lugar para a beleza?” Redução de danos. Revisitar a esquina do clube como encruzilhada é o que nós podemos fazer como público. “Vale Tudo”. Louca lucidez. A diferença entre desigualdade e diferença. No Spotify não tem ficha técnica.
vamos aos procedimentos: Ana Cecília, Ariana Santos, Arthur Barbosa, Cora Rufino, Débora Rocha, Denise Leal, Efigênia Maria, Erika Hohlfs, Gabi Dominguez, Gustavo Faraco, Janaína Starling, Jefferson Alda, Letícia Angelo, Maria, Matheus Gepeto, Nádia Fonseca, Padi, Rafael Souza, Rafaela Cappai, Sol Markes, Suzana Cruz, Tchelly Souzza e Vaninha Black formam o tesão de grupo, o coro sintonizado de singularidades múltiplas que vibra, em jogo, na cena, o convite mais profundo para que possamos estar junto, estar perto, aproximar, participar, abrir espaço, abrir caminho, testemunhar, colaborar, dançar, ouvir e cantar coletivamente.
a bagunça é onírico-clínica: subverte o drama da filiação, o mistério das origens, por vezes, tão binárias de maravilhosas e horrendas. O sonho é uma senha. A linguagem cheia de furos é precária, como a vida, como o corpo. A versão da clínica do sonho é o inventário de várias versões, possíveis e impossíveis, versões de fuga, de respiro. “Tudo que move é sagrado”. Olhar para trás não me transforma em uma estátua de sal. Olhar no olho da monstra me liberta para que ela possa me olhar também e, juntas, possamos contemplar nossa companhia e inventar um encontro. Lúdica no abismo. Não temos um ponto alto porque não é uma montagem fálica. Entre o luxo e a necessidade vital, a obra, a arte é uma manobra do carrinho de supermercado carregado de equipamentos e cabos. Includes the hit “Beleza Rara”.
PS 1: portanto, o sistema auditivo central transfere os estímulos neurais, por meio de nervos, até ao cérebro (córtex auditivo), o qual processará a informação para que a pessoa compreenda do que se trata aquele som. O som é produzido por vibrações transmitidas para o ar. Essas vibrações geram regiões de compressão e rarefação dos gases atmosféricos que se intercalam periodicamente, de acordo com a frequência da fonte que produz as vibrações. O sistema auditivo é constituído pelo pavilhão auricular e o canal auditivo, tendo como função de amplificar o som, enviando-o para o tímpano em forma de ondas vibracionais. É nessa estrutura onde é formada a cera, ela é produzida para proteger o ouvido, evitando que bactérias microrganismos entrem no canal auditivo. A audição é um mecanismo de captação de ondas de pressão do ar pela orelha e tradução desse estímulo mecânico em impulsos nervosos, que são percebidos pelo cérebro como som. A audição é um mecanismo de captação de ondas de pressão do ar pela orelha. Como as ondas sonoras viajam através do canal auditivo, estes fazem o tímpano e os ossos minúsculos vibrar. Depois, os nervos existentes no ouvido interno transformam essas vibrações em impulsos elétricos para o cérebro. O cérebro pode, então, identificar esses sons como fala, música, ruído, e muito mais. O sistema auditivo se torna funcional em torno da 25ª e 29ª semana gestacional quando as células ganglionares do núcleo espiral da cóclea conectam as células ciliadas internas ao tronco cerebral e ao lobo temporal do córtex. O ouvido médio é uma cavidade cheia de ar, consistindo na bigorna e 3 pequenos ossos interconectados – o martelo, a bigorna e o estribo. O tímpano é uma membrana muito durável e bem esticada que vibra quando a onda a alcança. Esses três ossos são chamados de ossículos auditivos. A sua principal função é a condução do som da membrana timpânica até a orelha média. O estribo é o menor e mais leve osso do corpo humano.
PS2: a voz humana é produzida na laringe, um tubo que fica no pescoço. Dentro desse tubo, temos duas dobras de músculos e mucosa, chamadas popular- mente de “cordas vocais” (o nome correto é pregas vocais). Durante uma fala normal, a taxa de vibração das pregas vocais pode variar a uma razão de 2:1 (uma oitava). Frequências típicas Homem: 110 Hz; Mulher: 220 Hz; Crianças: 300 Hz. O córtex esquerdo posteroinferior frontal (às vezes chamado área de Broca) controla a função da linguagem expressiva. O timbre está associado à forma da onda e nos permite distinguir sons de mesma frequência, produzidos por instrumentos diferentes. O timbre é caracterizado pela composição de frequências que constituem a onda sonora emitida pelo instrumento. O timbre é também denominado qualidade do som. No homem, as pregas vocais são mais grossas e mais elásticas e vibram em torno de 125 vezes por segundo (125Hz). Na mulher, as pregas são mais finas e tensas e, como consequência, vibram com maior frequência (250Hz).
release, sinopse e ficha técnica “bagunça” oficinão 2023:
Marcando a comemoração de seus 25 anos de atividades ininterruptas, o Galpão Cine Horto retoma um dos mais importantes projetos de sua história: o Oficinão. Tendo movimentado a cena teatral mineira nos anos 1990, 2000 e 2010, o Oficinão se consolidou ao reunir, a cada edição, elencos formados por artistas com experiências diversas (de estreantes a veteranos), com produção do Cine Horto e sob a direção de nomes convidados pela casa.
Em sua retomada, depois de mais de meia década suspenso, o Oficinão ganha a direção de Marina Viana, uma das artistas mais atuantes do teatro feito hoje em Belo Horizonte, com passagem por diversos coletivos e, ela mesmo, já tendo participado de uma das edições anteriores do projeto como atriz (“Quando o Peixe Salta”, dirigido em 2006 por Fernando Mencarelli e Rodrigo Campos). BAGUNÇA, peça que resulta do Oficinão 2023, estreia na sexta-feira, dia 6 de outubro, às 20h. O espetáculo de rua, com acesso gratuito, tem como ponto de partida o Galpão Cine Horto.
Comandando um elenco de 23 atrizes e atores, Marina Viana reforça, com BAGUNÇA, o elo do Galpão Cine Horto com o Teatro 171 (espaço que tem Viana como uma das gestoras) e com a região Leste de BH. Além de mergulhar na temática da música popular, recorrente em sua obra, Viana aprofunda, em sua BAGUNÇA, pesquisas que vem desenvolvendo há mais de uma década a partir das linguagens do Cabaré político mexicano, do Teatro Fanzine (termo cunhado pela própria diretora, que une a tradição brasileira do Teatro de Revista ao aspecto marginal e aficcionado das Fanzines) e da Plagicombinação (procedimento criado pelo compositor Tom Zé, relacionado a processos de colagem, pastiche e intertextualidade).
Nada poderia ser mais simbólico, neste momento de celebração da história do Galpão Cine Horto, do que o percurso traçado por este cortejo cênico musical, que parte da sede do Cine Horto, na Rua Pitangui, em direção ao Teatro171, a poucas quadras de distância, na rua Capitão Bragança. Nesta curta caminhada estão anos e anos de história do teatro mineiro, carregada de um vínculo fortíssimo existente entre este centro cultural de 25 anos com diferentes gerações de artistas da cena teatral belorizontina que pelo Galpão Cine Horto passaram e, no Cine Horto, por meio de seus variados projetos e ações socioculturais, se formaram.
O Teatro 171, integrante deste corredor cultural da Região Leste, não deixa de ser um dos filhos do Cine Horto, os artistas gestores do espaço, como a própria Marina, atravessaram os mais diversos projetos da casa, e na grande equipe do Oficinão, no grande elenco desta BAGUNÇA, se encontram e reencontram jovens e veteranos, filhos pródigos de volta ao lar, de volta às ruas deste Horto conhecido por suas escancaradas vulnerabilidades sociais, ou a meninada que pela primeira vez caminha por aí, deixando rastros de alegrias juvenis e esperanças musicais. O Cine Horto celebra seus primeiros 25 anos consciente de uma história já construída, de um legado já consolidado, de um presente de vitalidade criativa e da certeza dos frutos futuros.
SINOPSE: Era pra falar de música brasileira. Mas virou BAGUNÇA. Um arqueólogo/ fotógrafo freelancer de uma revista estrangeira recebe a ajuda de um gari brasileiro na busca por um artefato do passado: a Juca Caixa, uma Jukebox ancestral que, através da música, pode nos revelar algo sobre nossa identidade. Que tipo de música toca hoje nos bares da Região Leste de Belo Horizonte? Que tipo de música toca, hoje, a alma do povo brasileiro? Existe um povo brasileiro? BAGUNÇA, através da música, canta, conta e reconta nossa história.
SOBRE O OFICINÃO
O Oficinão é um dos projetos mais importantes nestes 25 anos de história do Galpão Cine Horto. Sua primeira edição aconteceu justamente no ano em que o centro cultural abriu suas portas, em 1998. É um projeto de reciclagem e aprimoramento para atores com diferentes experiências profissionais.
O Oficinão também investe na profissionalização dos atores, orientando-os a gerirem seus projetos artísticos e envolverem-se com a criação e a execução de cenário, figurinos, maquiagem e iluminação. O projeto é gratuito e seleciona atores todos os anos, mediante edital, análise de currículo e atividades práticas.
Tradicionalmente, durante os meses de realização do projeto, um artista convidado pelo CIne Horto para assumir a direção e os profissionais convidados compartilham suas experiências com os atores selecionados por meio de um edital, unindo pesquisa e treinamento à criação artística. Partindo da pesquisa em um tema ou linguagem específica, o projeto resulta na montagem de um espetáculo.
As seis primeiras edições do projeto foram dirigidas por atores do Grupo Galpão. Posteriormente, diretores parceiros de trabalho do grupo foram convidados a conduzir o processo. Em 2017 o projeto realizou sua última edição até agora, tendo sido suspenso, principalmente, pelas dificuldades financeiras que impuseram obstáculos para sua realização. A retomada do Oficinão é a cereja do bolo nas comemorações dos 25 anos do Galpão Cine Horto. Traz a esta festa um sabor de resistência, de resgate de nossa história e de caminhada pra frente.
SOBRE MARINA VIANA
Marina Viana é atriz, dramaturga e diretora teatral graduada no curso de Artes Cênicas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com habilitações em Licenciatura e Bacharelado em Interpretação Teatral desde 2005. É integrante dos Grupos: Mayombe Grupo de Teatro, Teatro 171, Cia Primeira Campainha, e é colaboradora de vários outros coletivos da cidade de Belo Horizonte (MG). Tem uma banda, já publicou Zines, realiza prêmios e faz cabarés. Posou como modelo vivo na Escola de Belas Artes para ajudar no orçamento da casa. Escreve manifestos e plagicombina canções alheias.
SOBRE ANDRÉA RODRIGUES
Graduada em Teatro (2016) pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (EBA UFMG). Integra o coletivo segundaPRETA e a Cia.Bando que trabalha a linguagem da contação de histórias enquanto investiga o teatro para as infâncias. Atua nas áreas de teatro, roteiro, direção e arte educação, além de participar de diversas frentes culturais e artísticas em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Como atriz, trabalha tanto em teatro quanto em audiovisual. Seus interesses de pesquisa giram em torno do comportamento humano e das relações sociais, com foco nas áreas de história, arte e cultura.
SOBRE YASMINE RODRIGUES
Yasmine Rodrigues é paulistana, criada no interior de MG. É atriz, produtora, iluminadora e trabalha com mídias sociais. Formou-se na Escola de Teatro PUC Minas (2018), no Curso Técnico de Artes Circenses do CICALT/Plug Minas (2021) e em Iluminação Cênica no CEFART (2022). Atualmente, é amarra-cachorro da Cia Circunstância, produtora do Grupo Atrás do Pano e além de ocupar o Espaço Comum Luiz Estrela, também trabalha em diversos grupos de teatro e circo na cidade de Belo Horizonte-MG, e em alguns festivais de artes cênicas em Minas Gerais.
SOBRE TATÁ SANTANA
Tatá Santana é diretor musical, compositor, ator, preparador vocal e arte-educador. Bacharel em Interpretação Teatral pela UFMG. É integrante do Grupo Oriundo de Teatro desde 2010 e arte-educador na área da saúde mental em Belo Horizonte desde 2021. Dentre os diversos trabalhos, destacam-se mais recentemente a direção geral do espetáculo “Matias e a estrada infinita do tempo” da Cia Bando, a direção musical e a composição das músicas originais de “Elefanteatro”, do Pigmalião Escultura que mexe, a preparação vocal de “Xirê, a saga do menino rei” do Grupo Morro Encena, a orientação vocal do espetáculo “Senta que o leão é manso” com direção de Kelly Crifer e Getúlio Ramalho, a curadoria do Primeiro Festival Online de Teatro Negro da UFMG junto de Aline Vila Real e Rikelle Ribeiro, a criação da trilha sonora do espetáculo “Errantes” do Grupo Teatro Público, a direção musical e trilha sonora do espetáculo infanto-juvenil “Eu esperei o ano inteiro pelo meu aniversário” do Grupo Oriundo de Teatro com direção de Antonio Hildebrando, a direção musical do espetáculo de formatura do Teatro Universitário da UFMG em 2019 e a preparação vocal e criação da trilha sonora do espetáculo “Ainda Vivas” do Grupo Nóis de Teatro, de Fortaleza/CE.
SOBRE ELI NUNES
Eli Nunes nasceu, vive e atua em Belo Horizonte, Minas Gerais. Trabalha desde 2008 no campo das artes, transitando e se aventurando por diferentes linguagens como as artes cênicas, visuais e a poesia. Se graduou em Dança – Licenciatura na UFMG em 2019 e hoje integra coletivos como a Academia Transliterária e o elenco do Cabaré das Divinas Tetas com sua figura Drag, Lili Bertas. Artista negre e trans, que tensiona questões sociais, políticas e identitárias que são atravessadas por gênero, raça e saber popular, aspectos que direcionam seu fazer artístico.
ficha técnica
Direção: Marina Viana
Assistência de direção: Yasmine Rodrigues
Colaboração cênica: Guilherme Morais e Henrique Limadre
Dramaturgia: Elenco Oficinão 2023, Andréa Rodrigues, Marina Viana
Assistentes de Dramaturgia: Ariana Santos, Arthur Barbosa, Cora Rufino, Erika Rohlfs, Efigênia Maria, Jefferson Alda, Matheus Gepeto, Rafaela Cappai
Direção musical: Tatá Santana
Direção corporal: Eli Nunes
Atuação: Ana Cecília, Ariana Santos,Arthur Barbosa, Cora Rufino, Débora Rocha, Denise Leal, Efigênia Maria, Erika Rohlfs, Gabi Dominguez, Gustavo Faraco, Janaína Starling, Jefferson Alda, Letícia Angelo, Matheus Gepeto, Nádia Fonseca, Padi, Rafael Souza, Rafaela Cappai, Sol Markes, Suzana Cruz, Tchelly Souzza, Vaninha Black
Figurino: CRAVA Ateliê
Coordenação de Figurino: Clarice Rena
Assistente de Figurino: Davy Gea, Fátima Regis, Gi Moraes e Izadora (Participantes do Núcleo de Pesquisa em Figurino Galpão Cine Horto), Carlos Selim, Carolina Baião, Efigênia Maria, Eli Nunes, Gabi Dominguez, Padi, Vanessa Cerqueira
Coordenação Núcleo de Pesquisa em Figurino: Camila Morena
Cenografia: Sophia Alberti, Lidia Silva, Daniele Serqueira e Caroline Gomes (Participantes do Núcleo de pesquisa em Cenografia do Galpão Cine Horto)
Assistentes de cenografia: Sophia Alberti, Lidia Silva, Daniele Serqueira, Caroline Gomes, Cora Rufino
Orientação Cenográfica: Luiz Dias
Bonecos: Cora Rufino
Coordenação de produção: Ana Cecília
Produção executiva: Ju Abreu e Nathan Coutinho
Assistente de produção: Kami soares, Vaninha Black
Mídias sociais: Cora Rufino, Janaína Starling, Rafaela Cappai, Sol Markes e Vaninha Black
Iluminação e sonorização: Rodrigo Marçal e Wellington Santos
Assistentes de iluminação e sonorização: William de Paulo Cardoso e Jailton dos Santos Cruz
Equipamento de som e luz: Prisma Soluções Cênicas
Operacional: G F Segurança
Alimentação: Restaurante Cantinho da Sorela
Agradecimentos: Às 44 participantes da oficina teste. Alan Rodrigues, Bar da Rita, Zezinho e Rita, Barbearia Jamaica, Ademar e Vanessa, Bernardo Gondim, Bruna Aranha, Camilo Lélis, Carolina Gommes, Chico Pelúcio, Cia Circunstância, Edifício Lume,Espaço Comum Luiz Estrela, Estação Bar, Galpão Cine Horto, Grazi, Grupo Galpão, Gruta!, Hugo Araújo, Lydia Del Picchia, Maria, Marcelo Veronez, Marcos Coletta, Marina Arthuzzi, Megera, Roque, Rosilda Figueiredo, Cézar Augusto, Sabará, Sacolão ABC, Selvática Produções, Simião Saimon, TEATRO 171, Teatro Mobs/PBH, Vinícius, vizinhança e moradores do entorno do Teatro 171.
equipe galpão cine horto
Direção Geral | Chico Pelúcio
Conselho Executivo | Beto Franco, Chico Pelúcio, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia e Simone Ordones
Coordenação Geral e Gerência Executiva | Laura Bastos e Samira Ávila
Coordenação de Produção e Planejamento | Bernardo Gondim
Assistente de Planejamento e Projetos | Tânia Araújo
Coordenação Técnica | Orlan Torres (Sabará)
Técnico | Akner Gustavson
Coordenação de Comunicação | Bramma Bremmer
Assistente de Arte e Design | Frederico Rocha
Assistente de Audiovisual | Alice Del Picchia, Ítallo Vieira e Pedro Lanna
Assistente de Conteúdo e Redes Sociais | Henrique Perez e João Santos
Assessoria de Imprensa | Bramma Bremmer, Henrique Perez e João Santos
Coordenação Administrativo-Financeiro | Maria José dos Santos
Assistente Administrativo-Financeiro | Nádia Fonseca
Coordenação Operacional e Programação | Marina Arthuzzi
Assistente Operacional | Alan John Rodrigues
Auxiliar Administrativo | Leandro Dias
Serviços Gerais | Juarez Pereira e Luciene Benedita Santos Pedro
Assessoria Contábil | Wellington Dartagnan dos Reis • WDR – Contabilidade & Assessoria Ltda.
Assessoria Financeira | Artmanagers
cursos livres
Coordenação Pedagógica | Lydia Del Picchia
Coordenação Pedagógica dos Cursos, Oficinas e Projetos Especiais | Fábio Furtado
Equipe Pedagógica dos Cursos, Oficinas e Projetos Especiais | Camila Morena, Fábio Furtado, Gláucia Vandeveld, Juliana Martins, Kelly Crifer e Letícia Castillo
Coordenação Pedagógica dos Núcleos de Pesquisa | Camila Morena da Luz
Equipe Pedagógica dos Núcleos de Pesquisa | Anderson Feliciano, Camila Morena da Luz, Gláucia Vandeveld, Luiz Dias, Rodrigo Marçal, João Dumans e Vinícius Souza
Equipe Pedagógica Núcleos Juventudes| Marilda Cordeiro, Clebin Quirino e Evandro MC
Produção Local Núcleos Juventudes | Henrique Pheniato
Assistente de produção Núcleos Juventudes | Priscila Tomas
Secretaria de Cursos | Elis Marques
projeto sociocultural conexão galpão
Coordenação | Clara Bastos
Atores-monitores | Margareth Cardoso Serra, Júlio Cesar A de Souza, Pablo Vinícius B Siqueira, Larissa Ribeiro e Clara Bastos (stand by)
centro de pesquisa e memória do teatro (cpmt)
Coordenação | Marcos Coletta
Bibliotecário | Tiago Carneiro
Estagiária | Evelyn Bragança
Instituto Unimed-BH
O Instituto Unimed-BH completa 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou mais de R$ 170 milhões por meio das leis de incentivo municipal e federal, fundos do idoso e da criança e do adolescente, com o apoio de mais de 5,3 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 9,3 mil postos de trabalho foram gerados e 1,6 milhão de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
crédito das fotografias: Bruno Peixoto
agradecimentos do ensaio crítico: Clara Delgado, Clarice Rena, Julia Guimarães, Henrique Limadre.