“Por Elise”, “Amores Surdos”, “Congresso Internacional do Medo” e “Marcha para Zenturo” saem pela Editora Cobogó. Confira as datas do lançamento:
Rio de Janeiro:
Teatro Ipanema
Dia 14/12 (6ª), às 21h, após sessão gratuita de Por Elise
Belo Horizonte:
Teatro Espanca!
Dia 18/12 (3ª), com festa.
.
por Luciana Romagnolli
“Blow me Up… ou… Sobre a Natureza dos Homens-Bomba”. Foto de Cayo Vieira. |
“Blow me Up…ou…Sobre a Natureza dos Homens-Bomba” cruza discursos desesperados de pessoas inábeis em lidar com o caótico, o frustrante e o imperfeito da vida, quando o que desejam é controle e garantia.
O homem, a mulher e a criança dividem o palco sem chegar a configurar uma família. Cada um carrega suas obsessões, manifestas em falas sustentadas por metáforas e concretizadas em objetos com os quais se ocupam – também detentores de uma função simbólica na encenação dirigida por Nika Braun.
O desvencilhamento familiar é, antes de tudo, uma escolha dramatúrgica. Tão assoberbados estão os três com suas angústias que se fecham em suas próprias cascas. O ovo – esse invólucro de proteção aparentemente perfeito – emerge como uma das muitas metáforas elaboradas pelo dramaturgo Max Reinert sugerindo estados emocionais. Elas se associam em possíveis conexões entre si, como a do homem-bomba com a bomba relógio e com um homem que pode explodir a qualquer momento.
Porém, os três atores não funcionarem como uma família no palco é também efeito das escolhas de direção, que não concretiza um vínculo entre eles no desenho de movimentos e na articulação das falas. Têm-se breves monólogos interrompidos e continuados, moldados pela estrutura de fragmentos e redundâncias do texto, e frágeis são as tentativas de fazê-los reverberar entre si no espaço da cena.
Há de se considerar o desafio que um texto como esse, sem ação nem conflito no sentido clássico, impõe a quem pretende encená-lo, quando toda ação que se tem é a das falas sobre o mundo. Mesmo a imobilidade poderia funcionar como solução cênica. Contudo, depende do rigor formal na construção dos corpos (estáticos ou moventes) e na modulação das vozes. A carência de tal rigor na direção de atores e no trato com o texto dificulta que as potencialidades criativas contidas em “Blow me Up” se realizem.
Rubia Romani é a atriz que melhor trabalha esse potencial – e, não à toa, a mais experiente em cena. A sobrecarga emocional incessante exigida dos atores encontra nela a habilidade de corporificar as emoções, dar-lhes carne. Uma presença e um domínio de atuação que o resto do elenco ainda não conquistou. O que limita a reverberação das falas, sobretudo nas transições de tempo e sentimentos inseridas nas partes finais do espetáculo, resultando pouco nítidas.
Outro aspecto a ser repensado é a relação com os espectadores. É certo que, ao adaptar o espetáculo para o palco do Teatro José Maria Santos, que estabelece uma relação frontal com o público, algumas opções precisaram ser feitas. Contudo, barrar o acesso a toda a área central da plateia para abrir espaço à projeção de imagens coloca o projetor em situação de prioridade sobre o espectador – relegado à visão enviesada das bordas das fileiras.
*Crítica originalmente publicada no site do Núcleo de Dramaturgia do Sesi-PR.
por Luciana Romagnolli
O mundo fantasmagórico evocado pela dramaturga Ana Johann e pelo encenador Thadeu Peronne no espetáculo “Eu Grito Que…” recria no palco a escuridão noturna de um cemitério: local tomado como limbo entre o mundo dos vivos e o dos mortos. Não só onde mães e viúvas pranteiam sobre tumbas nem só encontro de almas penadas. O singular da obra é fazer desse um espaço para dar voz ao recém-morto e ao susto de sua condição.
* Crítica originalmente publicada no site do Núcleo de Dramaturgia do Sesi-PR em dezembro/2012.
por Luciana Romagnolli
“NomePRÓPRIO”. Foto de Cayo Vieira. |
*Crítica originalmente publicada no site do Núcleo de Dramaturgia do Sesi-PR em dezembro/2012.
por Luciana Romagnolli
“Ela”. Foto de Cayo Vieira. |
por Luciana Romagnolli
*Artigo originalmente publicado no portal Primeiro Sinal, do Galpão Cine Horto, em novembro/2012.
“Em Breve nos Cinemas”, do Teatro de Breque, está indicado a melhor espetáculo. |
Em Curitiba, foram divulgados os indicados ao Troféu Gralha Azul, o principal prêmio do teatro paranaense. São:
ESPETÁCULO
“O MALEFÍCIO DA MARIPOSA ” da Cia Ave Lola Espaço de Criação
“SATYRICON DELÍRIO” do Grupo Delírio Cia de Teatro
“PORQUE NÃO ESTOU ONDE VOCÊ ESTÁ” da Cia Súbita
“KAFKA – A VIGÍLIA” do Grupo Delírio Cia de Teatro
“EM BREVE NOS CINEMAS” da Cia Teatro de Breque
ESPETÁCULO PARA CRIANÇAS
“DE VOLTA AO COMEÇO” da Cia Figurino e Cena Produções Artísticas
“OS SALTIMBANCOS” da Cia Regina Vogue
DIREÇÃO ESPETÁCULO PARA CRIANÇAS
PAULO VINÍCIUS por “ De Volta ao Começo”
MAURÍCIO VOGUE por “Os Saltimbancos”
DIREÇÃO
EDSON BUENO por “Satyricon Delírio”
ANA ROSA TEZZA por “ O Malefício da Mariposa”
MAÍRA LOUR por “Porque Não Estou Onde Você Está”
EDSON BUENO por “Kafka – A Vigília”
DIMIS JEAN SORES por “ Peça Ruim”
TEXTO ORIGINAL
OLGA NENEVÊ por “ As Tramoias de José na Cidade Labiríntica”
DIMIS JEAN SORES por “ Peça Ruim”
ATOR
VAL SALLES por “O Malefício da Mariposa”
LEANDRO DANIEL COLOMBO por “ A Meia Noite Levarei Teu Cadáver”
TIAGO LUZ por “Satyricon Delírio”
CLEYDSON NASCIMENTO por “Em Breve Nos Cinemas”
LUIZ BERTAZZO por “Peça Ruim”
ATRIZ
GIOVANA DE LIZ por “Os Saltimbancos”
MARIANA RIBEIRO por “ Peça Ruim”
ALESSANDRA FLORES por “O Malefício da Mariposa”
JANINE DE CAMPOS por “ O Malefício da Mariposa”
JANAINA MATTER por “Porque Não Estou Onde Você Está”
ATOR COADJUVANTE
MAURÍCIO VOGUE por “Satyricon Delírio”
JEFF BASTOS por “Peça Ruim”
EVANDRO SANTIAGO por “Satyricon Delírio”
TIAGO LUZ por “As Aventuras de Pinóquio”
SÁVIO MALHEIROS por “Peça Ruim”
ATRIZ COADJUVANTE
HELENA PORTELA por “ Porque Não Estou Onde Você Está”
REGINA VOGUE por “Satyricon Delírio”
SIMONE MAGALHÃES por “As Aventuras de Pinóquio”
VIDA SANTOS por “Satyricon Delírio”
PATRÍCIA CIPRIANO por “Peça Ruim”
CENÁRIO
FERNANDO MARÉS por “ Em Breve Nos Cinemas“
ENÉAS LOUR por “Porque Não Estou Onde Você Está”
PAULO VINÍCIUS por “A Meia Noite Levarei Teu Cadáver”
EDUARDO GIACOMINI por “ As Tramoias de José na Cidade Labiríntica”
GABRIEL GALLARZA/MARIA GAISSLER por “ Buraco da Fechadura”
FIGURINO
PAULO VINÍCIUS por “ De Volta ao Começo”
CRISTINE CONDE por “O Malefício da Mariposa”
ÁLDICE LOPES por “ Satyricon Delírio”
PAULO VINÍCIUS por “As Aventuras de Pinóquio”
CRISTINE CONDE por “ Porque Não Estou Onde Você Está”
COMPOSIÇÃO MUSICAL
RAPHAEL MORAES por “ Satyricon Delírio”
LUIZ SADAITI por “ De Volta Ao Começo”
EDITH DE CAMARGO por “Porque Não Estou Onde Você Está”
SÉRGIO JUSTEN por “As Aventuras de Pinóquio”
SONOPLASTIA
ANA ROSA TEZZA por “O Malefício da Mariposa”
EDITH DE CAMARGO por “As Tramoias de José na Cidade Labiríntica”
SÉRGIO JUSTEN por “ Os Saltimbancos”
ILUMINAÇÃO
BETO BRUEL por “Porque Não Estou Onde Você Está”
RODRIGO ZIOLKOWSKI por “Nada a Dizer”
LUCAS AMADO por “As Tramoias de José Na Cidade Labiríntica”
BETO BRUEL por “Satyricon Delírio”
RODRIGO ZIOLKOWSKI por “ O Malefício da Mariposa”
“La Matanza” se utiliza de linguagens diversas, entre elas o vídeo (Foto Esquyna Latina/Divulgação)
|