“Luis Antônio – Gabriela” |
No Cine Humberto Mauro, já se tornou tradicional a mostra Inéditos em BH, realizada geralmente no início do ano. A ideia é colocar em cartaz os filmes mais importantes da última temporada que simplesmente não passaram por nenhuma sala de exibição da cidade. Só assim se pôde ver, em 2011, “Tetro”, de Francis Ford Coppola, e “Tio Boonmee, que Pode Recordar suas Vidas Passadas”, pelo qual o tailandês Apichatpong Weerasethakul levou a Palma de Ouro; e, em 2012, “As Canções”, de Eduardo Coutinho; e “Singularidades de uma Rapariga Loura”, do veterano português Manoel de Oliveira. O cinema às vezes pode ser um bom exemplo…
Ao circuito de teatro, resta sonhar com uma mostra semelhante, que colocasse em cartaz nos palcos da cidade espetáculos que reverberaram país afora, mas não chegaram à capital mineira. No clima de fim de ano, já esperando o que virá, o Horizonte da Cena quer saber: Quais espetáculos brasileiros deveriam vir a Belo Horizonte em 2013?
Abaixo, segue a lista de sugestões que nós preparamos, com trabalhos dos quais só se ouviu a repercussão por aqui. Mas você pode escolher outro qualquer que prefira. Os comentários estão abertos para isso.
Deixe a gente saber sua opinião.
Daqui a alguns dias, vamos fazer a contagem dos mais votados. Só o primeiro espetáculo citado em cada comentário será contado.
E então, qual espetáculo inédito em BH você mais quer ver? Por quê?
- A Amante, de Roberto Alvim
- Adeus à Carne ou Go to Brazil, de Michel Melamed
- A Marca d’Água, da Armazém Companhia de Teatro
- A Primeira Vista, de Enrique Diaz
- Aquilo que Meu Olhar Guardou para Você, do Magiluth
- Assombrações do Recife Velho, de Newton Moreno
- Cachorro!, do Teatro Independente
- Circo Negro, da Cia Senhas
- Isso te interessa?, da Companhia Brasileira de Teatro
- Julia, de Christiane Jatahy
- Luis Antonio – Gabriela, de Nelson Baskerville
- Madame B, de Cibele Forjaz
- O Desaparecimento do Elefante, de Monique Gardenberg
- O Jardim, da Cia. Hiato
- O Livro de Itens do Paciente Estevão, de Felipe Hirsch
- Os Bem-Intencionados, do Lume
- Peep Clássico Ésquilo, de Roberto Alvim
- Recusa, de Maria Thaís
- Rainhas, de Cibele Forjaz
- Strindbergman, de Marie Dupleix
- Toda Nudez Será Castigada, de Antunes Filho
“Julia” |
Quero todas essas peças em Curitiba rs
Quero todas essas peças em Curitiba rs
O Jardim – do Leonardo Moreira. Nunca veio nada dele pra cá.
O Jardim – do Leonardo Moreira. Nunca veio nada dele pra cá.
Adeus à Carne ou Go to Brazil, de Michel Melamed eu definitivametne gostaria de ver por aqui.
Adeus à Carne ou Go to Brazil, de Michel Melamed eu definitivametne gostaria de ver por aqui.
Este comentário foi removido pelo autor.
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Já assisti a algumas delas, e são ótimas. Todas deveriam passar por BH… Mas interessante notar que a maioria das opções estão centralizadas em Rio e SP e já gozam de muitos privilégios, inclusive para circular. Luis Antonio ganhou Circulação do Myriam Muniz e Palco Giratório pra 2013, com certeza irá a BH. Muitos outros destes também virão, certamente. Gostaria de ver o que tem sido feito no Nordeste, no Norte, no Centro-Oeste. Ou até o que tem sido feito nos grandes centros, mas sem as chancelas dos CCBBs, Shells, SESCs e cia.. Conhecer um teatro que faz parte do Brasil, mas que desconhecemos e ignoramos por completo, por estar a margem dos prêmios-vitrine, do metiê da crítica, dos festivais… Será que são piores?
Já assisti a algumas delas, e são ótimas. Todas deveriam passar por BH… Mas interessante notar que a maioria das opções estão centralizadas em Rio e SP e já gozam de muitos privilégios, inclusive para circular. Luis Antonio ganhou Circulação do Myriam Muniz e Palco Giratório pra 2013, com certeza irá a BH. Muitos outros destes também virão, certamente. Gostaria de ver o que tem sido feito no Nordeste, no Norte, no Centro-Oeste. Ou até o que tem sido feito nos grandes centros, mas sem as chancelas dos CCBBs, Shells, SESCs e cia.. Conhecer um teatro que faz parte do Brasil, mas que desconhecemos e ignoramos por completo, por estar a margem dos prêmios-vitrine, do metiê da crítica, dos festivais… Será que são piores?
Marcos, se são piores ou melhores, só vendo. Você levanta um ponto importante e distinto da proposta aqui, acho que uma coisa não exclui a outra.
Aí nessa lista tem encenadores que mesmo sendo bombadíssimos em SP nunca vieram a BH, caso do Leonardo Moreira e do Roberto Alvim, outros que raramente vêm. O teatro do Rio e de SP também faz parte do Brasil, não? Me incomoda um pouco um discurso que deslegitima trabalhos por serem do eixo ou por terem tido já uma repercussão boa nessas esferas que você cita. Pessoalmente, quero que esses trabalhos venham sim para cá, máximo possível…
Quanto a outros estados, adoraria que mais gente viesse aqui citar espetáculos interessantes. Nós colocamos alguns poucos grupos de cujo trabalho conhecemos a potência e pautados pela ideia do que teve repercussão e não chegou aqui.
Você que tem viajado pra festivais e pra tantas cidades com seus espetáculos, não quer sugerir alguns nomes? Este espaço é para isso.
Marcos, se são piores ou melhores, só vendo. Você levanta um ponto importante e distinto da proposta aqui, acho que uma coisa não exclui a outra.
Aí nessa lista tem encenadores que mesmo sendo bombadíssimos em SP nunca vieram a BH, caso do Leonardo Moreira e do Roberto Alvim, outros que raramente vêm. O teatro do Rio e de SP também faz parte do Brasil, não? Me incomoda um pouco um discurso que deslegitima trabalhos por serem do eixo ou por terem tido já uma repercussão boa nessas esferas que você cita. Pessoalmente, quero que esses trabalhos venham sim para cá, máximo possível…
Quanto a outros estados, adoraria que mais gente viesse aqui citar espetáculos interessantes. Nós colocamos alguns poucos grupos de cujo trabalho conhecemos a potência e pautados pela ideia do que teve repercussão e não chegou aqui.
Você que tem viajado pra festivais e pra tantas cidades com seus espetáculos, não quer sugerir alguns nomes? Este espaço é para isso.
Claro, Lu, todos os trabalhos citados no post são legítimos e potentes. Mas se você me pede para citar outros, eu infelizmente não sei, não conheço, pois são quase inacessíveis.. E assim continuarão.
Claro, Lu, todos os trabalhos citados no post são legítimos e potentes. Mas se você me pede para citar outros, eu infelizmente não sei, não conheço, pois são quase inacessíveis.. E assim continuarão.
Rebú, também da Cia. Teatro Independente,é de uma potência incrível. Queria vê-lo em BH.
Rebú, também da Cia. Teatro Independente,é de uma potência incrível. Queria vê-lo em BH.
Estou curiosíssima para assistir “Ficção”, da Cia. Hiato. E da lista, aguardo desde o último FIT-BH por “Luis Antonio – Gabriela”, de Nelson Baskerville, que ia vir e não veio…
Estou curiosíssima para assistir “Ficção”, da Cia. Hiato. E da lista, aguardo desde o último FIT-BH por “Luis Antonio – Gabriela”, de Nelson Baskerville, que ia vir e não veio…
Isso te interessa? da Companhia Brasileira de Teatro
Isso te interessa? da Companhia Brasileira de Teatro
Eu fico literalmente, não teatralmente, angustiado de só ter assistido a uma da lista, “Toda nudez…”, e não considero uma urgência que esta chegue a BH, e parte do Peep Clássico, do Noir. Acompanhei a chegada de boa parte delas nos palcos do eixo em notícias e críticas da mídia, e, assim, distante, meu desejo era mesmo de que uma força centrípeta me transportasse para esse centro pela demanda pessoal e profissional de frui-las.
E se as artes parecem não seguir as leis da física, talvez exista a possibilidade de fazermos colidir com esse centro, colocá-lo para girar, ou implodi-lo de vez… Talvez mesmo, sob as perdas da presença, os ganhos dos mínimos, acabássemos por adotar as saídas de transmissão online de óperas na Europa, recurso já largamente adotado pelo Teatro Oficina – que não quer ser para poucos e comeu o mercado das transmissões ao vivo como forma de ter a multidão do estádio virtualmente.
E se são acaloradas as discussões sobre essas tecnologias no nossa querida, paradoxalmente, historicamente anacrônica e sincrônica em impostura da presença, arte teatral, reflito num bate e volta de partículas de dúvida, em que medida ainda somos em demasia tradicionais e entendemos o átomo ainda como indivisível.
Eu fico literalmente, não teatralmente, angustiado de só ter assistido a uma da lista, “Toda nudez…”, e não considero uma urgência que esta chegue a BH, e parte do Peep Clássico, do Noir. Acompanhei a chegada de boa parte delas nos palcos do eixo em notícias e críticas da mídia, e, assim, distante, meu desejo era mesmo de que uma força centrípeta me transportasse para esse centro pela demanda pessoal e profissional de frui-las.
E se as artes parecem não seguir as leis da física, talvez exista a possibilidade de fazermos colidir com esse centro, colocá-lo para girar, ou implodi-lo de vez… Talvez mesmo, sob as perdas da presença, os ganhos dos mínimos, acabássemos por adotar as saídas de transmissão online de óperas na Europa, recurso já largamente adotado pelo Teatro Oficina – que não quer ser para poucos e comeu o mercado das transmissões ao vivo como forma de ter a multidão do estádio virtualmente.
E se são acaloradas as discussões sobre essas tecnologias no nossa querida, paradoxalmente, historicamente anacrônica e sincrônica em impostura da presença, arte teatral, reflito num bate e volta de partículas de dúvida, em que medida ainda somos em demasia tradicionais e entendemos o átomo ainda como indivisível.